Segundo artigo da série “25 JavaBeans Series”, hoje vamos conversar sobre um ponto relacionado ao ciclo de vida de objetos Java tratado no excelente livro 

Normalmente quando criamos uma classe Java é normal que utilizemos construtores públicos, porém existe uma outra forma que é basicamente criando um método estático que retorne a instância da classe. Essa técnica é conhecida como 

. Mas porquê usar métodos estáticos para retornar a instância da classe?

Ao contrário dos construtores, métodos estáticos tem nomes e o fato de terem nomes facilita na legibilidade do código tanto para quem escreve o método quanto para quem vai usar o método. Uma classe pode ter apenas um construtor com uma determinada assinatura e pra fugir dessa limitação existe a prática de se criar mais de um construtor para diferentes usos apenas mudando os parâmetros. Porém essa prática carrega consigo a complexidade de ficar lembrando qual construtor tem quais parâmetros na hora de invocar essa classe, com métodos estáticos esse problema diminui.

Ao contrário dos construtores, não é necessário criar um novo objeto a cada invocação e isso permite o uso de instâncias já feitas sendo assim evitando criar diversos objetos e a JVM agradece. Essa abordagem lembra um pouco dos padrões 

Ao contrário dos construtores, pode se retornar qualquer subtipo e isso permite flexibilidade na hora de escolher o tipo de retorno. Outro ponto interessante sobre essa flexibilidade, é a possibilidade de retornar um tipo específico de objeto sem a necessidade de tornar a classe pública. Por exemplo o 

, ele tem 45 implementações utilitárias de suas interfaces, fornecendo coleções imutáveis e coleções sincronizadas. E a maioria das implementações são exportadas por métodos estáticos de uma classe não instanciável, a 

Variação de retorno de acordo com os parâmetros de entrada

A classe do objeto retornado pode variar de acordo com os parâmetros passados. Um exemplo dessa flexibilidade é a classe 

 que por sua vez não possui construtores públicos, apenas fábricas estáticas. Na implementação do 

 ela pode retornar a instância de uma das suas duas subclasses dependendo do tamanho do 

 subjacente. Se tiver 64 ou menos elementos como são de fato a maioria dos 

, então a fábrica estática vai retornar uma instância de 

. Se tiver 65 elementos ou mais vai retornar uma instância de 

A classe do objeto retornado não precisa existir quando a classe que contém o método é escrita

Um outro ponto interessante dessa abordagem, é pensar que ela é base para frameworks 

 implementa o serviço e o sistema faz as implementações que serão disponibilizadas para os clientes, dessa forma desacoplando os clientes das implementações. Os três pontos essenciais em um framework 

 usam para registrar as implementações e por fim 

 no qual os clientes usam para ter instâncias do serviço.

Mas então, só existem vantagens utilizando a fábrica estática? Nada em tecnologia é bala de prata, então vamos as limitações/desvantagens:

Classes sem construtores públicos/protegidos não podem ser subclasses

Um exemplo desse cenário, é impossível de “subclassificar” qualquer uma das implementações no 

. O que por sua vez pode se tornar algo bom, porque trás consigo um ótimo incentivo para programadores usarem composição ao invés de herança.

Esses métodos estáticos não se destacam na documentação da API da mesma forma que os contrutores, por isso pode ser um pouco complicado de entender como instanciar uma classe dessas. Hoje o 

 não tem algo que destaque fábricas estáticas, para contornar isso você pode seguir algumas convenções de nomenclatura e claro documentar os seus métodos. Alguns exemplos de nomenclaturas para esse tipo de método:

: Método de conversão de tipo que usa um único parâmetro e retorna a instância correspondente, por exemplo: 

: Método de agregação que utiliza vários parâmetros e retorna uma instância desse tipo que os incorpora, por exemplo: 

Set<Ranking> planetas = EnumSet.of(JUPITER, SATURNO, URANO);

BigInteger valorMaximo = BigInteger.valueOf(Integer.MAX_VALUE);

: Método que retorna uma instância que é descrita pelos seus parâmetros se eles existirem, por exemplo: 

Galaxia andromeda = Galaxia.getInstance(opcoes);

: Método que garante uma nova instância a cada chamada, por exemplo: 

Object novoArray = Array.newInstance(classeDoObjeto, tamanhoDoArray);

, porém usado se a fábrica estática estiver em uma classe diferente. 

 é o tipo de objeto retornado pela fábrica estática, por exemplo: 

FileStore fs = Files.getFileStore(caminho);

BufferedReader br = Files.newBufferedReader(caminho);

: uma alternativa mais concisa em relação ao 

List<Estrela> supernovas = Collections.list(enumSupernovas);

Bem, vimos as vantagens e desvantagens do uso de fábricas estáticas ao invés de construtores públicos. Você já havia pensado sobre o assunto? Até a próxima =)

Fábrica Estática ou Construtores Públicos?

Este post na vigésima-quinta semana do ano de 2020 marca o primeiro da série “25 JavaBeans Series”, uma série que vai tratar de 25 pontos relacionados a plataforma Java em comemoração aos seus 25 anos!

Então a pergunta de hoje é: você conhece todas as palavras reservadas do Java?

As palavras reservadas são utilizadas para que o compilador execute algum comando quando as identifica. Vamos vê-las:

Um método sem definição deve ser declarado como abstrato(

) e a classe que o contém também deve ser declarada como abstrata. Classes abstratas não podem ser instanciadas e os métodos abstratos devem ser implementados nas subclasses. Outro detalhe é que uma classe abstrata não obrigatoriamente tem um método abstrato, mas um método abstrato só pode estar numa classe abstrata.

 descreve um predicado(uma declaração de verdadeiro ou falso) colocado em uma aplicação Java para indicar se o valor passado para o predicado é verdadeiro ou falso. Se a asserção for avaliada como falsa em tempo de execução, ocorrerá uma falha de asserção.

Define uma variável booleana apenas para os valores “true” ou “false”. Por padrão, o valor do tipo primitivo booleano é falso. Essa palavra chave também é usada para declarar que um método retorna um valor do tipo primitivo booleano.

Usado para finalizar a execução no corpo do loop atual.

 é usada para declarar um campo que pode conter um número inteiro de complemento de dois assinado de 8 bits. Essa palavra chave também é usada para declarar que um método retorna um valor do tipo primitivo 

Um bloco switch pode ser identificado com um ou mais “case” ou com um identificador “default”. A instrução switch avalia sua expressão e, em seguida executa todas as instruções que seguem o identificador “case” correspondente.

Utilizado em conjunto com um bloco “try” e em um bloco opcional “finally”. As instruções no bloco “catch” especificam o que fazer se um tipo específico de exceção for lançado pelo bloco “try”.

Define uma variável de caractere capaz de conter qualquer caractere do conjunto de caracteres suportados pelo Java.

Uma palavra que define a implementação de um tipo específico de objeto. Uma definição de classe define variáveis de classe e de instância, métodos e classes internas, além de especificar as interfaces que a classe implementa e a superclasse imediata da classe. Se a superclasse não for especificada explicitamente, a superclasse é implicitamente Object. A palavra chave 

 sem precisar de uma instância dessa classe. Por exemplo, 

Usado para retomar a execução do programa no final do corpo do loop atual. Se seguido por um identificador 

, retoma a execução no final do corpo do loop identificado.

 pode opcionalmente ser usada em uma instrução 

 para identificar um bloco de instruções a ser executado se nenhum caso corresponder ao valor especificado. Como alternativa, a palavra chave 

 também pode ser usada para declarar valores padrão em uma anotação Java. A partir do Java 8, palavra chave 

 pode ser usada para permitir que uma interface forneça uma implementação de um método.

, que executa um bloco de instruções associadas ao loop e testa uma expressão booleana associada ao 

. Se a expressão for avaliada como verdadeira, o bloco será executado novamente, isso continua até que a expressão seja avaliada como falsa.

 é usada para declarar uma variável que pode conter um número de ponto flutuante IEEE 754 de precisão dupla de 64 bits. Essa palavra chave também é usada para declarar que um método retorna um valor do tipo primitivo 

, que testa uma expressão booleana, se a expressão for avaliada como verdadeira, o bloco de instruções associado ao 

 será avaliada, se avaliado como falso, o bloco de instruções associado ao 

 é usada para declarar um tipo enumerado. Enumerações estendem a classe base 

Usado em uma declaração de classe para especificar a superclasse, usado em uma declaração de interface para especificar uma ou mais superinterfaces. A classe X estende a classe Y para adicionar funcionalidade, adicionando campos ou métodos a classe Y ou substituindo métodos da classe Y. Uma interface Z estende uma ou mais interfaces adicionando métodos. A classe X é considerada uma subclasse da classe Y. A interface Z é considerada uma subinterface das interfaces que ela se estende. Também usado para especificar um limite superior em um parâmetro de tipo em 

Define uma entidade uma vez que não possa ser alterada nem derivada posteriormente. Mais especificamente: uma classe final não pode ser subclassificada, um método final não pode ser substituido e uma variável final pode ocorrer no máximo uma vez como uma expressão 

 em um comando executado. Todos os métodos em uma classe final são implicitamente finais.

Usado para definir um bloco de instruções para um bloco definido anteriormente pela palavra chave 

 é executado após a execução sair do bloco 

 associada, independentemente de uma execução ter sido lançada ou capturada ou se a execução parou no meio dos blocos 

 é usada para declarar uma variável que pode conter um número de ponto flutuante IEEE 754 de precisão única de 32 bits. Essa palavra chave também é usada para declarar que um método retorna um valor do tipo primitivo 

, que especifica uma inicialização de variável, uma expressão booleana e um incremento. A inicialização da variável é realizada primeiro e, em seguida, a expressão booleana é avaliada. Se a expressão for avaliada como verdadeira, o bloco de instruções associado ao loop será executado. A expressão booleana é então avaliada novamente, isso continua até que a expressão seja avaliada como falsa. A partir do J2SE 5.0, a palavra chave 

 também pode ser usada para criar o chamado “enhanced for loop” que especifica uma matriz ou objeto iterável, cada iteração do loop executa o bloco de instruções associado usando um elemento diferente na matriz ou 

, que testa uma expressão booleana, se a expressão for avaliada como verdadeira, o bloco de instruções associado a instrução 

 será executado. Essa palavra chave também pode ser usada para criar uma instrução 

Incluído em uma declaração de classe para especificar uma ou mais interfaces implementadas pela classe atual. Uma classe herda os tipos e métodos abstratos declarados pelas interfaces.

Usado no inicio de um arquivo de código-fonte para especificar classes ou pacotes Java inteiros a serem consultados posteriormente, sem incluir seus nomes de pacotes na referência. Desde o J2SE 5.0, as instruções de importação podem importar membros estáticos de uma classe.

Um operador binário que recebe uma referência de objeto como seu primeiro operando e uma classe ou interface como seu segundo operando e produz um resultado booleano. O operador 

 se e somente se o tipo de tempo de execução do objeto é uma atribuição compatível com a classe ou interface.

 é usada para declarar uma variável que pode conter um inteiro de complemento de dois de 32 bits. Essa palavra chave também é usada para declarar que um método retorna um valor do tipo primitivo 

Usado para declarar um tipo especial de classe que contém apenas métodos abstratos ou padrão, campos constantes(estáticos, finais) e interfaces estáticas. Posteriormente, ele pode ser implementado por classes que declaram a interface com a palavra chave 

. Como a herança múltipla não é permitida em Java, as interfaces são usadas para contorná-la. Uma interface pode ser definida dentro de outra interface.

 é usada para declarar uma variável que pode conter um inteiro de complemento de dois assinados de 64 bits. Essa palavra chave também é usada para declarar que um método retorna um valor do tipo primitivo por muito tempo.

Usado nas declarações do método para especificar que o método não é implementado no mesmo arquivo de código Java, mas em outra linguagem.

Usado para criar uma instância de um objeto de classe ou matriz. O uso da palavra chave para esse fim não é completamente necessário(como exemplificado pelo Scala), embora atenda a dois propósitos: permite a existência de um espaço de nome diferente para métodos e nomes de classes, define estaticamente e localmente que um objeto novo é realmente criado e que tipo de runtime é.

Um pacote Java é um grupo de classes e interfaces semelhantes. Pacotes são declarados com a palavra chave 

 é usada na declaração de um método, campo ou classe interna, membros privados só podem ser acessados por outros membros de sua própria classe.

 é usada na declaração de um método, campo ou classe interna, membros protegidos só podem ser acessados por membros de sua própria classe, subclasses ou classes dessa classe do mesmo pacote.

 é usada na declaração de uma classe, método ou campo, classes públicas, métodos e campos podem ser acessados pelos membros de qualquer classe.

Usado para concluir a execução de um método. Pode ser seguido por um valor exigido pela definição do método que é retornada ao chamador.

 é usada para declarar um campo que pode conter um número inteiro de complemento de dois de 16 bits. Essa palavra chave também é usada para declarar que um método retorna um valor do tipo primitivo 

Usada para declarar um campo, método ou classe interna como um campo de classe. As classes mantêm uma cópia dos campos da classe independentemente de quantas instâncias existem nessa classe. 

 também é usado para definir um método como um método de classe. Os métodos de classe são vinculados a classe em vez de a uma instância específica e só podem operar em campos de classe.

Usada para restringir a precisão e o arredondamento dos cálculos de ponto flutuante para garantir a portabilidade.

 dinâmico ou polimorfismo em tempo de execução. Usado também para acessar membros de uma classe herdada pela classe em que ela aparece. Permite que uma subclasse acesse métodos substituídos e membros ocultos de sua superclasse. A palavra chave 

 também pode ser usada para encaminhar uma chamada de um construtor para um construtor na superclasse. E também é usado para especificar um limite inferior em um parâmetro de tipo em 

, que avalia uma variável, combina seu valor com um caso específico e executa o bloco de instruções associado a esse 

 corresponder ao valor, o bloco opcional identificado pelo 

Usado na declaração de um método ou bloco de código para adquirir o 

 atual executa o código. Para métodos estáticos, o objeto bloqueado é a classe 

 de cada vez operando no mesmo objeto e executando esse código. O 

 é liberado automaticamente quando a execução sai do código sincronizado. Campos, classes e interfaces não podem ser declarados como 

Usado para representar uma instância da classe em que aparece. 

 pode ser usado para acessar os membros da classe e como uma referência a instância atual. A palavra chave 

 também é usada para encaminhar uma chamada de um construtor em uma classe para outro construtor na mesma classe.

Faz com que a instância da exceção declarada seja lançada. Isso faz com que a execução continue com o primeiro 

 de exceção em anexo declarado pela palavra chave 

 para manipular um tipo de exceção compatível com a atribuição. Se nenhum 

 de exceção for encontrado no método atual, o método retornará e o processo será repetido no método da chamada. Se nenhum 

 de exceções for encontrado em qualquer chamada de método na pilha, a exceção será passada para o 

Usado nas declarações do método para especificar quais exceções não são tratadas no método, mas passadas para o próximo nível mais alto do programa. Todas as exceções não capturadas em um método que não são instâncias de 

 devem ser declaradas usando a palavra chave 

Declara que um campo de instância não faz parte do formulário serializado padrão de um objeto. Quando um objeto é serializado, apenas os valores de seus campos de instâncias não transitórios são incluídos na representação serial padrão. Quando um objeto é desserializado, os campos transitórios são inicializados apenas com o valor padrão. Se o formulário padrão não for usado, por exemplo, quando uma tabela 

 é declarada na hierarquia de classes, todas as palavra chave 

Define um bloco de instruções que possuem manipulação ou 

 de exceção. Se uma exceção for lançada dentro do bloco 

 opcional poderá manipular os tipos de exceção declarados. Além disso, pode ser declarado um bloco 

 opcional que será executado quando a execução sair das cláusulas 

, independentemente de uma exceção ser lançada ou não. Um bloco 

 é usada para declarar que um método não retorna nenhum valor.

Você conhece todas as palavras reservadas do Java?

Temos visto que uma aplicação Quarkus tende a ser bem performática especialmente se fizermos uso da 

GraalVM é uma máquina virtual universal para a execução de aplicações escritas em JavaScript, Python, Ruby, R, linguagens baseadas na JVM como Java, Scala, Groovy, Kotlin, Clojure e linguagens baseadas em LLVM como C e C++

É interessante mencionar que a GraalVM é resultado de anos e anos de estudos e seu nascimento se deu dentro do Oracle Labs e o primeiro 

 em seu repositório é de 2011, isso sem citar o tempo de pesquisa antes mesmo desse primeiro 

Um dos pontos importantes da GraalVM é a interoperabilidade de linguagens, em um mesmo código você pode ter misturas de linguagens para aproveitar conceitos ou recursos de cada uma.

Outra importante feature é a de compilação para imagem nativa. Essa função utiliza o modelo de compilação 

 e se cria um executável binário para o sistem operacional, esse executável é chamado de 

. E essa imagem nativa traz consigo as classes da aplicação, classes das dependências e alguns componentes importantes como gerenciamento de memória e agendamento de threads e tudo isso em uma máquina virtual bem específica 

 é uma máquina virtual otimizada para ambientes de execução para atividades como 

 e também muito focada em utilizar o modelo 

. O resultado dessa salada toda é o baixíssimo tempo de startup da aplicação e também baixo consumo de memória se comparado com uma JVM tradicional que nós vimos no artigo anterior.

A GraalVM possui duas versões para download, a 

. A diferença básica entre ambas é que na 

 você paga pelo suporte prestado pela Oracle e essa implementação possui features de segurança a mais do que na versão 

Pra concluir, é um projeto extremamente interessante e que vem tomando cada vez mais espaço no mercado, um grande exemplo de uso foi dado nessa 

 que trabalha no Twitter VM Team(célula dentro do Twitter que cuida das melhorias e otimizações em VMs lá utilizadas) onde ele fala das motivações para usar a GraalVM. Sendo assim, dê uma olhada no projeto, faça o download no 

 teste e tire suas próprias conclusões… =)

Codificante

GraalVM, a máquina virtual poliglota de alto rendimento

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